Comecei a contar os dias como antigamente, e como naquela
época eu não tenho um motivo que explique esse ato. Porque deixar de contar não
faz com que eles parem de passar, levando um pouco de mim e trazendo um tanto
de mundo, que lentamente, (ou rápido demais) me transforma em outro alguém.
Os dias eternos como sempre. Contáveis, visíveis, cheios de
possibilidades, cheios de vida, despedidas, faltas, silêncio, memórias, mas
principal e inevitavelmente, cheios de si. Autênticos, exclusivos, com tudo
igual outra vez. Com tudo diferente de novo.
E nesse tempo que não espera só uma coisa é necessária,
seguir. Por mais doloroso que seja contar, quem sabe até o dia de perceber
enfim o que justifique a contagem.
Já passou, está passando, vai passar.
Um dia.
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