quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sentença


Por João Paulo Vieira


Se no teu passo me perco
Invento eu mesmo a valsa
Que embalará minha tristeza
Finjo não ver
O teu olhar ainda me aperta
O teu sorriso ainda me chama
Ensaio a solidão
E esvazio os mesmos copos
Vou repassando os mesmos rostos
Mentindo pra mim mesmo a agonia
De atado estar a seus braços
De ver em ti tanta alegria
Sufoco minha própria fuga
Refém