domingo, 1 de fevereiro de 2015

Lobotomia

Por João Paulo Vieira

Preciso estancar minhas ideias.
Gritam como cadelas no cio
São toscas e desesperadas
Mas me prendem, carinhosas
Em seu círculo vicioso.
Preciso encontrar uma forma
Que caiba a tudo e a mim
- Vil mentirosa! Me prende em minhas próprias armadilhas e ainda vem zombar de mim?
(Sussurros)
Arranco folhas das árvores
E galhos dos cabelos
Ao sabor divino da ignorância
Ouço o despertar dos pássaros
Até que a chuva cai
E desfeito por ela
Sou levado de volta a mim
Onde persiste a criação de meus fantasmas
E as palavras harmoniosamente
Vem me contar a cada manhã minhas histórias
Refém de meus pensamentos,
sinto que a vida inteira

Trata-se mesmo é de ir-se embora".

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