Por: João Paulo Vieira
José sentou
pra escrever
abriu a
janela
pôs água no fogo
pôs açúcar
no pão
respirou
já não dorme
sem sono
tem sonhos
em branco
cicatrizes
na mão
mas José
ainda marcha
entre os
lençóis de ontem
entre poeira
e espirro
se afagou
nos livros
comprou dois
cigarros
e prestou
queixa
engoliu o
suspiro
(José, para
onde?)
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